O Conselho de Administração da Petrobras aprovou a venda da sua participação em 22 campos de produção terrestres e de águas rasas localizados no Rio Grande do Norte. A venda foi de 100% da participação, por US$ 1,38 bilhão, para a empresa 3R Potiguar, subsidiária da 34 Petroleum Óleo e Gás.
Além das concessões e suas instalações de produção, está incluída na transação a estrutura de refino integrada ao processo de produção de óleo e gás, composta pela Refinaria Clara Camarão, localizada em Guamaré, com capacidade instalada de refino de 39.600 bpd.
Do total, US$ 110 milhões serão pagos na data de assinatura do contrato de compra e venda, US$ 1,04 bilhão no fechamento da transação e US$ 235 milhões em quatro parcelas anuais de US$ 58,75 milhões a partir de março de 2024. Os valores não consideram os ajustes até o fechamento da transação, que está sujeita ao cumprimento de condições precedentes, incluindo a aprovação pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A venda foi aprovada na sexta-feira, 28, e dá prosseguimento ao plano de venda dos campos historicamente explorados pela Petrobras no Brasil. A estatal afirma que a operação segue a “estratégia de gestão de portfólio e a melhoria de alocação do capital da companhia”. Desde o governo Michel Temer (2016-2018), a empresa deixou de investir na exploração de águas rasas e campos maduros para se concentrar em águas profundas e ultraprofundas.
A Petrobras justifica que as águas profundas e ultraprofundas “têm demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos, produzindo óleo da melhor qualidade e com menos emissões de gases de efeito estufa”. A Frente Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos consideram a estratégia como privatização da companhia e entrega dos ativos nacionais ao capital privado “à preço de banana”.
A produção média do Polo Potiguar em 2021 foi de 20,6 mil barris de óleo por dia (bpd) e 58,1 mil m³/dia de gás natural.
Fonte: Agência Saiba Mais
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