Bolsonaro pretendia pedir asilo político a Javier Milei, aponta PF

PF encontra no celular de Bolsonaro documento de pedido de asilo político a Milei. Ex-presidente e Eduardo Bolsonaro foram indiciados. Foto: Reprodução/Redes Sociais.

Rascunho de documento com 33 páginas foi localizado no celular do ex-presidente e indicaria plano de deixar o Brasil após investigações da PF

A Polícia Federal (PF) localizou no celular de Jair Bolsonaro um documento de 33 páginas no qual o ex-presidente considerava solicitar asilo político ao presidente da Argentina, Javier Milei. O material, sem assinatura e sem data, estava armazenado desde 2024 e foi encontrado durante operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no inquérito que investiga possíveis sanções dos Estados Unidos contra o Brasil.

No texto, Bolsonaro afirma: “De início, devo dizer que sou, em meu país de origem, perseguido por motivos e por delitos essencialmente políticos. No âmbito de tal perseguição, recentemente, fui alvo de diversas medidas cautelares”.

Segundo a PF, o documento foi editado pela última vez em 5 de dezembro de 2023, dias antes da viagem de Bolsonaro à Argentina para acompanhar a posse de Milei, realizada entre 7 e 11 de dezembro. Para os investigadores, o material poderia ter sido utilizado para viabilizar uma fuga do país.

Em nota, a PF destacou: “Os elementos informativos encontrados indicam, portanto, que o ex-presidente Jair Bolsonaro tinha em sua posse documento que viabilizaria sua evasão do Brasil em direção à República Argentina, notadamente após a deflagração de investigação pela Polícia Federal com a identificação de materialidade e autoridade delitiva quanto aos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito por organização criminosa”.

Indiciamento
Nesta quarta-feira (20), Jair Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foram indiciados pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

As investigações apontam que Eduardo atuou junto ao governo do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para tentar articular medidas de retaliação contra autoridades brasileiras e ministros do STF. Em março, o parlamentar se licenciou do mandato e mudou-se para os EUA, alegando perseguição política.

O ex-presidente também é alvo de outro processo por ter enviado recursos via Pix para custear a estadia do filho no exterior, além de responder como réu no Supremo na ação penal que trata da chamada trama golpista.

Fonte: O Poti

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Redação do Site Gov Notícias

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