Entidades da UFERSA organizam ações contra a reforma administrativa, em defesa da vacinação e pelo “Fora Bolsonaro”

Foto: Portal do Oeste

ADUFERSA, Sintest/Ufersa e DCE Romana Barros organizaram nos últimos dias uma série de ações na universidade, buscando fortalecer a luta em defesa da vacinação para todos, contra a reforma administrativa e pelo “Fora Bolsonaro”.

As entidades, em conjunto ainda com Sindprevs-RN e Sinasefe, confeccionaram faixas para dar destaque a essas questões e afixaram nos muros externos da Universidade. Apesar de configurarem um legítimo exercício da liberdade de crítica, as faixas foram rapidamente retiradas por um vigilante da UFERSA, que alegou estar seguindo ordens da Administração Superior.

A Presidenta do Andes-SN, professora Rivânia Moura, tentou gravar um vídeo institucional em uma das faixas afixadas na Ufersa, mas foi surpreendida pela ação do vigilante, que arrancou a faixa para impedir a filmagem.

O Andes/SN publicou nota, repudiando a ação arbitrária dos seguranças da Ufersa e também a orientação dada pela Reitoria para a retirada das faixas. A nota pode ser lida na íntegra na página da ADUFERSA.

Após o ocorrido, ADUFERSA, Sintest e DCE voltaram a fixar as faixas em resposta à represália sofrida. Desta vez, as entidades buscaram colocar as faixas em estruturas próprias, sem utilizar os muros da universidade.

Infelizmente, desta vez a ofensiva partiu de apoiadores de Jair Bolsonaro, que arrancaram o material fixado pelas entidades. A ação foi registrada por um aluno da Ufersa e publicada na página do DCE. A ADUERN, que também foi parceira na ação, registrou a destruição de uma das faixas, que havia sido colocada nos arredores da universidade estadual.

Sindicatos encaminharam a produção de outdoors que foram recusados por empresas

Antes da produção das faixas, ADUFERSA, Sintest, DCE/UFERSA, Sindprevs-RN e Sinasefe encaminharam a produção de 10 outdoors com o mesmo conteúdo das faixas. Os outdoors seriam fixados em diferentes bairros de Mossoró.

A iniciativa, porém, foi frustrada pela negativa de três empresas da cidade, que se recusaram a produzir materiais contrários a Jair Bolsonaro.

Em dois dos casos, a justificativa dada foi que o conteúdo do outdoor poderia causar animosidade e depredação da placa e que, diante disso, a veiculação não seria aceita. Em um terceiro caso, a veiculação até foi permitida, desde que os sindicatos pagassem um considerável valor adicional para cobrir eventuais prejuízos, caso houvesse algum tipo de depredação.

A solicitação da empresa foi considerada abusiva, já que nenhum outro cliente é obrigado a arcar com qualquer despesa semelhante, cabendo aos órgãos responsáveis pela segurança pública e/ou ao proprietário garantir que as placas não sejam danificadas. Em todos esses casos, portanto, é o comportamento violento dos apoiadores do governo que funciona como um meio de cercear a democracia e a liberdade de expressão.

“Fatos como estes apenas revelam o caráter autoritário do bolsonarismo, que não tolera a divergência e reage invariavelmente com agressividade. É um governo que promove apenas morte e violência, tendo como um de seus alvos preferenciais a Universidade e o serviço público em geral. O movimento sindical e estudantil, no entanto, não será intimidado por essas ações e, apesar dos limites que a pandemia impõe, continuará resistindo a essa política da morte”, afirma Cláudio Rocha, Presidente da Adufersa.

Fonte: Portal do Oeste

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