O mês de março, que tradicionalmente já é dedicado às mulheres devido à celebração do Dia Internacional da Mulher (08/03), também foi escolhido para dar foco à saúde do público feminino, em especial a uma doença que, segundo o Instituto Nacional do Câncer – Inca, é o terceiro tipo de câncer mais incidente entre as mulheres: o do colo do útero.
A campanha Março Lilás alerta a população brasileira sobre a importância do rastreamento e detecção precoce da doença, cujo pico de incidência se dá na faixa etária de 45 a 50 anos, e a mortalidade aumenta progressivamente a partir da quarta década de vida, segundo informações do Inca.
O médico oncologista e diretor de oncologia do Sistema Hapvida, Alexandre Gomes, explica que o câncer do colo uterino nada mais é do que a alteração das células do colo do útero da mulher. “Essa alteração é causada na maioria das vezes pelo papilomavírus humano (HPV) e o exame preventivo é o Papanicolau, através da colposcopia – que permite a visualização do colo do útero e da vagina com lentes de aumento – e pela biópsia do tecido do colo do útero. Quando esta alteração é detectada precocemente, as chances de cura são altíssimas”, explica.
Segundo o médico, a prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo HPV, que muitas vezes se dá através do contato sexual. “Nesse caso, o uso de preservativos é muito importante, pois o vírus pode estar presente tanto no organismo do homem quanto da mulher”, destaca Alexandre Gomes.
Outra forma de prevenir a doença, de acordo com o especialista, é a vacinação contra o HPV. “O imunizante já está no calendário vacinal para meninas de 9 a 13 anos e meninos de 11 a 14 anos. Por isso, a importância de levar seus filhos para se vacinarem”, ressalta o médico do Sistema Hapvida.
O tabagismo também é um fator de risco para a pessoa adquirir a doença. “O tabaco aumenta a incidência desse câncer e é proporcional à quantidade de cigarros que a pessoa fuma”, alerta Alexandre Gomes.
Em relação ao tratamento, o médico explica que pode ser feito desde a retirada parcial ou total do colo do útero, seguida ou não de radioterapia e quimioterapia. “Por isso, é importante que as mulheres e os homens, parceiros dessas mulheres, tenham consciência da importância do exame preventivo. O diagnóstico precoce salva vidas”, finaliza o oncologista.
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